Primeira
Guerra Mundial (1914-1918)
A Grande Guerra, como foi chamada por
seus contemporâneos, antes de acontecer a Segunda Guerra Mundial, envolveu
países de diversos continentes. A disputa era liderada por dois blocos que se
enfrentaram: a Tríplice Aliança,
composta por Alemanha, Áustria e Itália e; a
Tríplice Entente formada por França, Inglaterra e Rússia.
O
que foi a Primeira Guerra Mundial?
A Primeira Guerra
Mundial, que durou de 1914 a 1918, foi um conflito político e militar entre as
principais potências econômicas do início do século XX. Para compreender os
motivos e as consequências de uma das guerras mais devastadoras é preciso
retomar alguns aspectos e o cenário político e econômico mundial.
Além do enfrentamento
direto das nações citadas, que podemos chamar de protagonistas, outras dezenas
de países se envolveram na Primeira Guerra Mundial, como, por exemplo, Brasil,
Estados Unidos, Itália, Portugal, China, Império Turco-Otomano, entre outros. O
saldo final do conflito contabilizou mais de 10 milhões de mortos, entre
militares e civis e mais de 20 milhões de feridos.
Causas
da Primeira Guerra Mundial
As motivações para o
desencadeamento da Primeira Guerra Mundial aconteceram ao longo do século XIX e
XX e foram se somando até que o conflito eclodiu de fato.
Entre o final do
século XIX e início do século XX, o mundo encontrava-se dividido e explorado
pelas grandes potências europeias e os Estados Unidos. Em todos os cinco
continentes havia dominação imperialista e as grandes potências
brigavam para expandir seus territórios.
Devido ao desenvolvimento das indústrias e da
economia de forma geral, o Império Alemão chegou a superar a Inglaterra em
vários setores. Os alemães tomaram o mercado antes dominados pelos ingleses na
Europa e no Oriente. A consagrada marinha inglesa se via ameaçada pelo grande
crescimento da marinha alemã e temia a perda da sua hegemonia.
Em 1870, a Alemanha
já tinha ganhado outro inimigo ao vencer a França na Guerra Franco-Prussiana.
Com a derrota, os franceses alimentaram um sentimento de revanche, era o revanchismo francês, pois os
franceses tiveram que entregar a região de Alsácia-Lorena,
rica em jazidas de ferro e carvão mineral. Nos anos seguintes sentiram-se
humilhados por terem que importar carvão dos alemães.
Enquanto os
germânicos começavam a colecionar inimigos, o governo e a imprensa tentavam
convencer a população de que uma guerra seria benéfica. Junto ao crescimento
econômico, o discurso inflamado e a propaganda, a tensão entre as nações
europeias estava prestes a explodir.
Por ter chegado
atrasada na distribuição das colônias na Ásia e na África, a Alemanha e a
Itália ficaram apenas com as “migalhas do banquete imperialista”. Para
conseguir mais colônias, uma solução apontada pelo governo germânico era atacar
e dominar os países já colonizados.
Enquanto todos esses
eventos aconteciam na Europa ocidental, no lado oriental do continente a
Rússia, governada por um Czar (imperador), tinha interesses em estender seu
território na região dos Bálcãs. O
problema é que o Império Austro-Húngaro pretendia a mesma coisa.
Como o Império
Austro-Húngaro era formado por vários povos, entre eles os tchecos, eslovacos,
croatas, poloneses e sérvios, a Rússia pretendia criar um Estado único para
unir todos os povos eslavos, o que ficou conhecido como pan-eslavismo. Para isso, começou a estimular a revolta
anti-austríaca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário