sábado, 2 de maio de 2020

Primeira Guerra Mundial (conteúdo para o 9º ano)


Primeira Guerra Mundial (1914-1918)


A Grande Guerra, como foi chamada por seus contemporâneos, antes de acontecer a Segunda Guerra Mundial, envolveu países de diversos continentes. A disputa era liderada por dois blocos que se enfrentaram: a Tríplice Aliança, composta por Alemanha, Áustria e Itália e; a Tríplice Entente formada por França, Inglaterra e Rússia.

O que foi a Primeira Guerra Mundial?

A Primeira Guerra Mundial, que durou de 1914 a 1918, foi um conflito político e militar entre as principais potências econômicas do início do século XX. Para compreender os motivos e as consequências de uma das guerras mais devastadoras é preciso retomar alguns aspectos e o cenário político e econômico mundial.

Além do enfrentamento direto das nações citadas, que podemos chamar de protagonistas, outras dezenas de países se envolveram na Primeira Guerra Mundial, como, por exemplo, Brasil, Estados Unidos, Itália, Portugal, China, Império Turco-Otomano, entre outros. O saldo final do conflito contabilizou mais de 10 milhões de mortos, entre militares e civis e mais de 20 milhões de feridos.

Causas da Primeira Guerra Mundial

As motivações para o desencadeamento da Primeira Guerra Mundial aconteceram ao longo do século XIX e XX e foram se somando até que o conflito eclodiu de fato.

Entre o final do século XIX e início do século XX, o mundo encontrava-se dividido e explorado pelas grandes potências europeias e os Estados Unidos. Em todos os cinco continentes havia dominação imperialista e as grandes potências brigavam para expandir seus territórios.

Devido ao desenvolvimento das indústrias e da economia de forma geral, o Império Alemão chegou a superar a Inglaterra em vários setores. Os alemães tomaram o mercado antes dominados pelos ingleses na Europa e no Oriente. A consagrada marinha inglesa se via ameaçada pelo grande crescimento da marinha alemã e temia a perda da sua hegemonia.

Em 1870, a Alemanha já tinha ganhado outro inimigo ao vencer a França na Guerra Franco-Prussiana. Com a derrota, os franceses alimentaram um sentimento de revanche, era o revanchismo francês, pois os franceses tiveram que entregar a região de Alsácia-Lorena, rica em jazidas de ferro e carvão mineral. Nos anos seguintes sentiram-se humilhados por terem que importar carvão dos alemães.

Enquanto os germânicos começavam a colecionar inimigos, o governo e a imprensa tentavam convencer a população de que uma guerra seria benéfica. Junto ao crescimento econômico, o discurso inflamado e a propaganda, a tensão entre as nações europeias estava prestes a explodir.

Por ter chegado atrasada na distribuição das colônias na Ásia e na África, a Alemanha e a Itália ficaram apenas com as “migalhas do banquete imperialista”. Para conseguir mais colônias, uma solução apontada pelo governo germânico era atacar e dominar os países já colonizados.

Enquanto todos esses eventos aconteciam na Europa ocidental, no lado oriental do continente a Rússia, governada por um Czar (imperador), tinha interesses em estender seu território na região dos Bálcãs. O problema é que o Império Austro-Húngaro pretendia a mesma coisa.

Como o Império Austro-Húngaro era formado por vários povos, entre eles os tchecos, eslovacos, croatas, poloneses e sérvios, a Rússia pretendia criar um Estado único para unir todos os povos eslavos, o que ficou conhecido como pan-eslavismo. Para isso, começou a estimular a revolta anti-austríaca.

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