domingo, 20 de dezembro de 2020

Atividades Pré-História

 Atividades de História

1)    Coloque P para o que se refere ao Período Paleolítico e N ao que se refere ao Período
Neolítico:

(      ) Descobriram como produzir o fogo.
(      ) Aprenderam a polir a pedra.
(      ) Eram caçadores e coletores.
(      ) Tornaram-se sedentários.
(      ) Eram agricultores e pastores.
(      ) Passaram a produzir o próprio alimento.


2) Nós vimos em nossas aulas que o tempo cronológico pode ser dividido de diversas formas, como meses, anos, séculos e milênios. Analise os fatos históricos abaixo e cite a qual século ele pertence (utilize os números romanos):

a) Neil Armstrong foi o primeiro a pisar na Lua, em 1969, no século ___________

b) Pedro Alvares Cabral chegou ao Brasil em 1500, no século ____________

c) Bárbaros invadiram e derrubaram o Império Romano do Ocidente em 476, no século ____________

d) As Torres Gêmeas sofreram um ataque terrorista em 2001, no século ____________

e) A Primeira Guerra Mundial abalou o mundo e começou em 1914, no século_____________

f) A Lei Áurea aboliu oficialmente a escravidão no Brasil, em 1888, no século ________________

3) As afirmativas abaixo apresentam características dos seres humanos que viviam na pré-história. Assinale (P) para aqueles que se referem ao período Paleolítico e (N) para aqueles que se referem ao Neolítico.

(       ) Tornaram-se sedentários, geralmente às margens de rios.

(        ) Viviam em bandos, sem constituírem famílias.

(       ) Eram nômades e sobreviviam da pesca, coleta e caça de pequenos animais.

(        ) Passaram a domesticar animais que forneciam couro, leite e carne.

(        ) Desenvolveram técnicas agrícolas que permitiram o aumento da produção.

(    ) Produziam instrumentos rústicos de madeira, ossos e pedras lascadas.


4 )Durante milhares de anos, os homens e as mulheres se alimentaram basicamente da carne

dos grandes mamíferos que eles caçavam. E quando esses animais começaram a desaparecer,

devido as transformações climáticas que se sucederam por diversos momentos no planeta, o

que os seres humanos fizeram? Como eles passaram a viver? Marque a alternativa

CORRETA.

a) Desenvolveram a indústria

b) Desenvolveram o comércio

c) Começaram a desenvolver a agricultura

d) Nenhuma das alternativas anteriores

 

5) OS PRIMEIROS SERES HUMANOS SURGIRAM?

 

(      ) Na Europa            (     ) Na Ásia      (     ) Na América                (       ) Na África             (     ) Na Oceania

 

6 ) O novo modo de vida baseado na agricultura e na domesticação de animais diminuiu os

deslocamentos. Esses agricultores e criadores construíam habitações sólidas e demoravam

mais tempo em um só lugar. Porém, quando esgotavam as reservas do solo, os agricultores

precisavam mudar. Estabeleciam-se nos arredores do local anterior e iam alternando as áreas

ocupadas. Ao final de algum tempo, estavam de volta à zona inicial, que encontravam

novamente revestida de árvores e mato. Levavam, assim, uma vida seminômade.

Marque V para as alternativas verdadeiras e F para as falsas:

a) (        ) Antes do desenvolvimento da agricultura elaborada pelos humanos eles viviam  basicamente da caça de animais.

b) (       ) A agricultura não modificou a vida dos seres humanos.

c) (       ) Além da agricultura, os grupos humanos, elaboraram  também a domesticação e criação de animais

d) (       ) A agricultura estimulou a criação de uma nova série de ferramentas e utensílios que serviam para limpar o terreno, carregar os alimentos, etc.

e) (       ) Os diversos agrupamentos humanos eram marcados pela diversidade cultural.

 

domingo, 10 de maio de 2020

Idade dos Metais (conteúdo para o 6º ano)


Idade dos Metais



O desenvolvimento de técnicas de fundição de metais possibilitou o abandono progressivo dos instrumentos de pedra.

O primeiro metal a ser fundido foi o cobre, posteriormente o estanho. Da fusão desses dois metais, surgiu o bronze, mais duro e resistente, com o qual fabricavam espadas, lanças etc. Por volta de 3000 a.C. produzia-se bronze no Egito e na Mesopotâmia.

A metalúrgica do ferro é posterior. Tem início por volta de 1500 a.C., na Ásia Menor. Por ser um minério mais difícil de ser trabalhado difundiu-se lentamente.

Em razão da sua superioridade para a fabricação de armamentos, o ferro contribuiu para a supremacia dos povos que souberam utilizá-lo com essa finalidade.


Período Neolitico (conteúdo para 6º ano)


Neolítico ou Idade da Pedra Polida



No período Neolítico, novas modificações climáticas alteraram a vegetação. Aumentaram as dificuldades para caçar e se instalaram nas margens dos rios, o que contribuiu para o desenvolvimento da agricultura, com o plantio de trigo, cevada e aveia.

Aprenderam a domesticar alguns animais e a criar gado. Surgiram os primeiros aglomerados populacionais, com finalidade principalmente defensiva.

Seus objetos tornaram-se mais bem acabados, pois a pedra, depois de lascada, era esfregada no chão ou na areia até tornar-se polida.

Desenvolveram a arte da cerâmica, fabricando grandes potes para guardar o excedente da produção agrícola.

Desenvolveram as técnicas de fiação e tecelagem para a confecção de tecidos de lã e linho, em substituição aos trajes confeccionados com peles de animais.

Apareceram os primeiros trabalhos em metais pouco duros, como o cobre e o ouro. Começaram as viagens por terra e por mar.

A organização social, denominada comunidade primitiva, baseava-se nos laços de sangue, idioma e costumes.

A fase final do Neolítico caracterizou-se pela desintegração do sistema de comunidade primitiva e pela origem das sociedades organizadas em Estados e divididas em diferentes camadas sociais.

Período Paleolitico (conteúdo para 6º ano)


Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada



Paleolítico é o período mais extenso da Pré-História da humanidade, compreendido entre seu surgimento, por volta de 4,4 milhões de anos, até 8000 a.C.

Nessa época os homens viviam em bandos e ajudavam uns aos outros na obtenção de alimentos, através da caça, da pesca e da coleta de frutos, raízes e ovos, o que os obrigava a uma vida nômade.

A baixa temperatura leva os grupos de hominídeos a se abrigar em cavernas e a construir habitações com galhos de árvores e a compartilhar o uso dos rios, das florestas e dos lagos.

Os instrumentos utilizados, a princípio eram de osso e madeira, depois, lascas de pedra marfim. Fabricavam machados, facas e outros instrumentos pontiagudos.

Uma descoberta importante nesse período foi domínio do fogo. Estima-se que o fogo passou a ser controlado pela humanidade há 500 mil anos, na África oriental.

Com seu controle, os grupos passaram a se aquecer do frio, a cozinhar alimentos, defender-se dos animais ferozes, iluminar a noite etc.

Por volta de 30000 a.C., o Homo sapiens aperfeiçoou a técnica da caça e da pesca, inventou o arco e a flecha e criou a arte da pintura, (pinturas rupestres: feitas no interior das cavernas).

Em torno de 18000 a.C. a Terra passou por transformações climáticas e geológicas.

Essas transformações, que duraram milhares de anos, mudaram significativamente a vida animal e vegetal do planeta e alteraram a relação entre homem e natureza. O homem entrou num período denominado Neolítico.


A Pré-História (conteúdo para 6º ano)



Pré-História



Pré-História é o período do passado da humanidade que vai do aparecimento do homem à invenção da escrita e que abrange milhões de anos.

A origem da humanidade é objeto de pesquisas de arqueólogos, paleontólogos, geólogos e biólogos.

Suas pesquisas baseiam-se em vestígios que sobreviveram no tempo, como fósseis, pinturas rupestres, utensílios de uso diário, restos de fogueira etc.

Esses vestígios são encontrados em cavernas ou soterrados por diversas camadas de solo.



Divisão da Pré-História



A Pré-História se divide em dois grandes períodos: a Idade da Pedra e a Idade dos Metais.

·         Idade da Pedra - está compreendida entre o aparecimento dos primeiros hominídeos e mais ou menos 10000 a.C.. Para fin de estudo também se divide:


·         Período Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada (do surgimento da humanidade até 8000 a.C.);


·         Período Neolítico ou Idade da Pedra Polida (de 8000 a.C. até 5000 a.C.);


·         Idade dos Metais (5000 a.C. até o surgimento da escrita, por volta de 3500 a.C.).

sexta-feira, 8 de maio de 2020

A periodização da História (conteúdo para o 6º ano)


Linha do Tempo


Através de uma concepção eurocêntrica do mundo, difundiu-se uma linha do tempo baseada em eventos ligados ao contexto do continente europeu. Esta linha do tempo, considerada oficial, divide-se em:


Pré-História: início do Planeta terra até aproximadamente 3200 a.C. (invenção da escrita)

Idade Antiga: Até 476 d.C. (Queda do Império Romano)

Idade Medieval: Até 1453 (Fim do Império Bizantino)

Idade Moderna: Até 1789 (Revolução Francesa)

Idade Contemporânea: Dias atuais


Esta linha do tempo é limitada ao não oferecer dados para a compreensão histórica e temporal de outras sociedades.



Converter anos em séculos


Para converter anos em séculos, a regra é simples. Se o ano terminar em 00, permanece o(s) dígito(s) inicial(is), convertido(s) em século.


Exemplo: 1200 = séc. XII;                     300=séc. III


Se o ano não terminar em 00, acrescenta-se 1 ao(s) dígito(s) inicial(is), convertido(s) em século.

Exemplo:

Ano 1756



17(+1) 56 = séc. XVIII;

Ano 101

1(+1) 01 = séc. II











Como organizamos o Tempo? (conteúdo para o 6º ano)




Calendários


O Tempo é considerado um objeto de difícil conceito, mas de extrema importância no estudo da história. Situar os fatos no tempo e contextualizá-los é tarefa de historiadores e professores desta disciplina. Sem o tempo, não existe história. Assim com os instrumentos para contar o tempo, os calendários também foram criados como forma de organizar as sociedades. Calendários são sistemas de contagem que utilizam unidades temporais como dia, mês e ano. Eles variam de acordo com a cultura ou religião de um povo.

O calendário cristão marca os anos a partir do nascimento de Cristo, usando a extensão a.C. (antes de Cristo) ou d.C. (depois de Cristo). Foi adotado em 1582, através do papa Gregório XIII.
O calendário hegírico, ou muçulmano, é utilizado em países de religião muçulmana. Marca os anos a partir da fuga (Hégira) de Maomé para Meca, em 622.
O calendário hebraico, por sua vez, é utilizado em países de religião judaica. Marca os anos a partir de uma referência bíblica do que seria a criação do mundo, situada no ano 3760 a.C.





Como documentamos a História? (conteúdo para o 6ª ano)


As fontes históricas


Para estudar o passado e compreender melhor presente, precisamos ter contato com as fontes históricas, ou seja, tudo aquilo que nos traz informações sobre o passado. As fontes auxiliam na construção do conhecimento histórico, e podem ser classificadas em vários tipos, como fontes escritas, visuais, materiais e sonoras. Fazem parte das fontes escritas os jornais, livros, diários, letras de música. Dentre as fontes visuais, podemos destacar histórias em quadrinhos, pinturas, fotografias, filmes, mapas.
As fontes materiais compreendem objetos como esculturas, vestimentas, armas, objetos, moedas, vasos, joias. As fontes sonoras, por sua vez, englobam gravações, músicas e canções folclóricas. Também são consideradas fontes sonoras os relatos orais, por exemplo, as histórias contadas por nossos avós ou pessoas que testemunharam determinados fatos históricos.

Exemplos de fontes Históricas


Construções são exemplos de fontes não escritas


Livros são exemplos de fontes escritas


Exemplo de fonte histórica não escrita

Podem ser escritas e não escritas




quinta-feira, 7 de maio de 2020

Introdução ao Estudo da História (conteúdo para 6º ano)



O Historiador e o Tempo


Ao iniciarmos o estudo de uma nova disciplina – como no caso da História – devemos buscar compreender o seu significado. Portanto, a primeira pergunta que devemos fazer é: o que é História? Em linhas gerais, História é a ciência que estuda as ações dos seres humanos no tempo e no espaço.

Os historiadores estudam o passado das pessoas, dos povos e nações, buscando entender melhor o momento presente. Em História, o estudo do passado é feito a partir de um olhar do presente. Neste sentido, a partir de um olhar atual, buscamos compreender as mudanças que ocorreram desde os primórdios da civilização.

A História permite entender a forma como as sociedades se organizavam, seus costumes, cotidiano, produção de riquezas e mentalidades. Os historiadores escrevem sobre o passado utilizando as fontes históricas, ou seja, tudo o que traz informações que servem para construção do conhecimento histórico.


terça-feira, 5 de maio de 2020

Video aula Revolução Francesa


Etapas da Revolução - Fase do Diretório e Consequências do ciclo revolucionário (conteúdo para 8º ano)


• Diretório 


O Diretório substituiu a Convenção em 1795 durante um período em que a revolução esteve nas mãos dos girondinos e da alta burguesia francesa. As medidas mais radicais tomadas pelos jacobinos foram revogadas, inclusive retorno do voto censitário. Nesse momento, os girondinos usaram frequentemente da força para conter o povo e resistiram a inúmeras tentativas de golpes.

A situação da França permaneceu instável e isso fez com que a alta burguesia francesa visse no autoritarismo uma esperança para resolver a situação da França. A população estava insatisfeita, a economia estava ruim, e a guerra continuava a ameaçar o país, então a ditadura foi vista como solução.

A imagem de uma figura forte e autoritária surgiu como possibilidade de resolução dos problemas franceses e disso nasceu o apoio a Napoleão Bonaparte, general do exército francês que liderava as tropas francesas contra as coalizões internacionais. Com isso, Napoleão organizou um golpe e tomou o poder em um evento conhecido como Golpe do 18 de Brumário, que aconteceu em 1799.


Consequências


A Revolução Francesa estendeu-se por dez anos e, nesse período, uma série de transformações aconteceu naquele país. As transformações trazidas pela Revolução Francesa, porém, não se mantiveram apenas na França e espalharam-se pelo mundo. Elas foram:

  • ·         Fim dos privilégios da aristocracia (nobreza e clero) na França;
  • ·         Fim dos resquícios do feudalismo e início da consolidação do capitalismo;
  • ·         Queda do absolutismo em toda a Europa;
  • ·         Inspirou os movimentos de independência na América, sobretudo das nações colonizadas pela Espanha;
  • ·         Popularizou a república como forma de governo;
  • ·         Popularizou a ideia de separação dos poderes;
  • ·         Garantiu a aplicação dos ideais liberais de liberdade individual do lema “todos os homens são iguais perante a lei”;
  • ·         Consolidou o nacionalismo enquanto ideologia de reconhecimento do dever patriótico.

Etapas da Revolução Francesa - Fase da Convenção Nacional (conteúdo para 8º ano)


• Convenção


A Convenção Nacional iniciou seus trabalhos a partir de 20 de setembro de 1792 e substituiu a Assembleia Legislativa. Os participantes da Convenção Nacional foram eleitos por sufrágio universal masculino, e, com ela, a França transformou-se em uma República. Antes da posse da Convenção, o rei francês havia sido capturado e feito prisioneiro. Daí surgiu um grande debate: a execução do rei.

Esse debate dividiu a Convenção com os girondinos defendendo que o rei fosse exilado enquanto os jacobinos defendiam que o rei fosse executado. O destino do rei e de sua esposa foi decidido quando foram encontrados documentos que atestavam o envolvimento de Luís XVI com o rei austríaco. Resultado: Luís XVI e Maria Antonieta foram acusados de traição e guilhotinados em 1793.

Com o endurecimento da guerra, a França ficou sob o controle dos jacobinos, que contavam com o apoio popular. Os jacobinos criaram o Comitê de Salvação Pública, instituição em que eles tomavam as decisões mais importantes da França. Iniciou-se uma intensa perseguição a todos aqueles que, aos olhos jacobinos, representavam uma ameaça à revolução. O regicídio foi uma dessas execuções voltadas para os que conspiravam contra a revolução.

Os jacobinos conseguiram colocar as massas populares sob seu controle, mas a situação da guerra agravou-se com a execução de Luís XVI. As nações absolutistas europeias ficaram indignadas com a execução do rei e reagiram formando uma coalizão para derrubar a revolução na França. Esse grande exército contrarrevolucionário era financiado pela Inglaterra.

O período em que os jacobinos, sob a liderança de Maximilien Robespierre, estiveram à frente da revolução ficou conhecido como Terror. O nome faz menção à perseguição dos opositores por meio da Lei dos Suspeitos, que julgava e condenava aqueles considerados traidores com morte na guilhotina. Estima-se que cerca de 17 mil pessoas tenham sido mortas nesse período em cerca de 14 meses.



Maximilien Robespierre foi o líder dos jacobinos durante a fase da revolução conhecida como Terror.*

Apesar da radicalidade, os jacobinos conseguiram resolver problemas imediatos da França, pois estabilizaram o valor da moeda francesa, aumentaram o exército francês gastando menos, conseguiram derrotar as tropas que tinham invadido a França e conseguiram estabilizar a situação das rebeliões pelo país.

De toda forma, essa atuação radical dos jacobinos gerou uma natural reação dos grupos conservadores da França. Assim, os girondinos conspiraram e articularam, com o apoio da alta burguesia da França, um golpe contra os jacobinos conhecido como Reação Termidoriana e que aconteceu em 1794. Com esse golpe contra os jacobinos, muitas medidas tomadas por eles foram revertidas, e a liderança jacobina (incluindo Robespierre) foi sumariamente guilhotinada.

Etapas da Repulução Francesa (conteúdo para 8º ano) Fase da Assembléia Constituinte


Etapas da Revolução Francesa


Depois da Queda da Bastilha, o processo de revolução espalhou-se pela França e estendeu-se pelos dez anos seguintes, sendo somente encerrado quando Napoleão Bonaparte assumiu o poder do país por meio do Golpe de 18 de Brumário. A Revolução Francesa pode ser dividida dentro do período das instituições políticas que atuaram no país:

Assembleia Nacional Constituinte e Assembleia Legislativa (1789-1792);

Convenção Nacional (1792-1795);

Diretório (1795-1799).


• Assembleia Constituinte e Assembleia Legislativa 


Trata-se do período inicial da Revolução Francesa, o qual foi marcado por grandes transformações, por meio da redação de uma Constituição para a França e pela atuação da Assembleia Legislativa. Após a Queda da Bastilha, muitos camponeses, no interior do país, temendo ficar sem alimentos e muito endividados, partiram para o ataque.

Esse foi o período do Grande Medo, que ocorreu entre julho e agosto de 1789, e durante o qual camponeses começaram a atacar aristocratas e suas propriedades. Assim, residências da nobreza foram invadidas, saqueadas e destruídas, cartórios foram atacados para que os títulos de propriedade fossem destruídos etc. Os camponeses exigiam o fim de alguns impostos e maior acesso aos alimentos.

A burguesia francesa, temendo esse ímpeto popular, resolveu tomar decisões que aceleraram as transformações na França e que tinham como objetivo principal controlar o povo. Assim, no dia 4 de agosto de 1789, foi decretada a abolição dos direitos feudais que existiam na França. No mesmo mês, foi convocada a redação da Constituição e foi anunciada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.



No dia 4 de agosto de 1789, os parlamentares da Assembleia Constituinte aboliram os privilégios oriundos do Antigo Regime da França.

Esse foi um dos documentos mais importantes da Revolução Francesa e, na teoria, decretava que todos os seres humanos eram iguais perante a lei. No entanto, é importante considerar que essa ideia de igualdade, para os liberais do século XVIII, estendia-se apenas ao âmbito jurídico e não alcançava uma dimensão democratizante como o nome do documento pode sugerir.

Nesse contexto de radicalização popular, a classe média e a burguesia francesa assumiram posições conservadoras para controlar a ação do povo. A nobreza e o clero, por sua vez, começaram a fugir da França, pois temiam tudo que acontecia no país. Essa aristocracia francesa começou a ser abrigada nas nações absolutistas vizinhas, sobretudo na Áustria e Prússia. Essa nobreza também começou a planejar a contrarrevolução, com o objetivo de reverter tudo que acontecia na França.

Até mesmo o rei francês, sentindo-se ameaçado, organizou sua fuga da França, em 1791, com sua esposa, Maria Antonieta. Luís XVI, porém, foi reconhecido quando estava em Varennes, próximo à fronteira com a França, e reconduzido para a Paris. Antes disso, ele e sua esposa tinham sido obrigados a abandonarem o Palácio de Versalhes e a instalarem-se no Palácio de Tulherias.

Além de atacar os privilégios da nobreza, a burguesia francesa também se voltou contra o clero. Isso aconteceu por meio da Constituição Civil do Clero, aprovada em 1790. Essa medida legal promoveu a separação do Estado e da Igreja e tentou colocar a segunda sob a autoridade do primeiro, uma vez que os padres tinham de jurar obediência ao Estado. Essa medida e outras tomadas contra o clero lançaram-no para o esforço contrarrevolucionário.

Os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte estenderam-se até 1791, quando, finalmente, foi promulgada a Constituição da França. No texto da Constituição, determinava-se o fim da monarquia absoluta e estipulava-se que a França era transformada em uma monarquia constitucional. Isso decepcionou uma ala mais popular da revolução que almejava que o país fosse transformado em uma república democrática.

A atuação conservadora da burguesia francesa à frente da Assembleia Constituinte é exemplificada pelo historiador Eric Hobsbawm no seguinte trecho que aborda os objetivos econômicos e políticos dessa classe:

Economicamente as perspectivas da Assembleia Constituinte eram inteiramente liberais: sua política em relação aos camponeses era o cerco das terras comuns e o incentivo aos empresários rurais; para a classe trabalhadora, a interdição dos sindicatos; para os pequenos artesãos, a abolição dos grêmios e corporações […]. A Constituição de 1791 rechaçou a democracia excessiva através de um sistema de monarquia constitucional baseada em um direito de voto censitário dos “cidadãos ativos” reconhecidamente bastante amplo.

Com a Constituição de 1791, a Assembleia Constituinte encerrou seu período de funcionamento e foi substituída pela Assembleia Legislativa. Nessa assembleia, consolidaram-se dois grupos políticos que possuíam visões bastante diferentes a respeito dos rumos da revolução. Os girondinos eram parte da burguesia que acreditava que as grandes mudanças necessárias já tinham acontecido e, por isso, possuíam uma visão mais conservadora. Já os jacobinos eram membros da burguesia que acreditavam que as mudanças deveriam ser ainda mais radicais do que as que estavam em curso.

A primeira reunião da Assembleia Legislativa iniciou-se em 8 de outubro de 1791, e a atuação dessa instituição durou até 7 de setembro de 1792. Nesse período, a França teve de lidar com a ação estrangeira contra a revolução, pois Áustria e Prússia, liderando os esforços contrarrevolucionários, invadiram o país e forçaram a França a declarar guerra a ambos.

A ação de Áustria e Prússia contra a França deveu-se pelo fato de que o processo revolucionário francês era visto como grande ameaça por todas as nações absolutistas da Europa. Com a guerra, os jacobinos declararam “pátria em perigo”, uma vez que as tropas estrangeiras aproximavam-se de Paris, e a população francesa começava a se armar para resistir.

A guerra também contribuiu para a radicalização da revolução e deu início a uma fase conhecida como Terror. Esse clima de guerra fez com que os jacobinos e os sans-culottes tomassem a frente da revolução, e, com isso, a monarquia francesa acabou sendo derrubada pelos sans-culottes, instaurando-se a República em 1792.

Cusas da Revolução Francesa (conteúdo para 8º ano)



Causas



Luís XVI era o rei francês durante a década de 1780.

A Revolução Francesa foi resultado direto da crise que a França vivia no final do século XVIII. A insatisfação popular (com a crise econômica e política que o país vivia) aliou-se com os interesses da burguesia em implantar no país as ideias do Iluminismo como forma de combater os privilégios da aristocracia francesa.

No final do século XVIII, a França era uma monarquia absolutista em que o rei era Luís XVI. O poder de Luís XVI, como em todo regime absolutista, era pleno, e a sociedade francesa era dividida em grupos sociais muito bem definidos. A composição social da França era a seguinte:


Primeiro Estado: clero;

Segundo Estado: nobreza;

Terceiro Estado: restante da população e burguesia.


Essa divisão social na França tinha uma clara desigualdade social, uma vez que Primeiro e Segundo Estados possuíam privilégios que não se estendiam ao Terceiro Estado. O destaque vai para as isenções de impostos que ambas as classes possuíam e para o direito de alguns nobres de poderem cobrar impostos dos camponeses que trabalhavam em suas terras.

O Terceiro Estado, por sua vez, era um grupo bastante heterogêneo, isto é, composto por diferentes grupos, como a burguesia e os camponeses (os segundos correspondiam a 80% da população francesa). Os camponeses viviam na pobreza ao passo que a aristocracia francesa vivia uma vida de luxo. Para os burgueses, os privilégios da aristocracia do país eram um entrave para o desenvolvimento de seus negócios. A desigualdade social é a primeira causa da revolução.

Toda essa situação de desigualdade agravou-se com a crise social que existia na França. A crise econômica francesa era motivada pelos elevados gastos do país (o governo francês gastava 20% a mais do que arrecadava). Esses gastos foram agravados pelo envolvimento do país em conflitos no exterior. A existência de privilégios de classe no país também contribuía para a crise.

A crise econômica na França aumentava a pressão, principalmente, para as classes de baixo, uma vez que o custo de vida aumentou, a oferta de empregos foi reduzida, e os impostos cobrados pela nobreza aumentaram. Essa situação, em si, já era o suficiente para levar os camponeses à fome, mas, em 1788 e 1789, o país ainda enfrentou um inverno rigoroso, que prejudicou as colheitas e contribuiu para que o alimento ficasse mais caro ainda.

Tentativas de reforma haviam sido propostas, mas não avançaram porque a aristocracia francesa havia mostrado-se resistente às possibilidades de reformas que viessem a retirar parte de seus privilégios. Assim, em 1789, a França vivia uma situação complicada, pois a crise econômica era grave, e a pobreza e a fome levaram a população a um estado de quase rebelião.

O resultado encontrado pela nobreza francesa foi convocar os Estados Gerais, uma reunião criada na França feudal e que era convocada só em momentos de emergência. Essa saída era agradável para a aristocracia francesa, pois, nos moldes antigos do Estado Geral, Primeiro e Segundo Estados uniam-se contra o Terceiro Estado.

O Terceiro Estado, porém, não estava disposto a manter-se nos Estados Gerais dentro dos moldes em que ele funcionava em tempos passados. Com isso, foi proposto pelos representantes desse Estado uma alteração no funcionamento dos Estados Gerais. Em vez de o voto ser por Estado, foi proposto que ele fosse individual, isto é, todos os membros dos Estados (incluindo os mais de 500 do Terceiro Estado) teriam direito ao voto.

O rei francês não aceitou a proposta e, assim, o Terceiro Estado rompeu com os Estados Gerais e fundou a Assembleia Nacional Constituinte, com o propósito de redigir uma Constituição que proporia mudanças para a França, tornando-a uma monarquia constitucional. Quando Luís XVI tentou fechar a Constituinte à força, a população parisiense rebelou-se em sua defesa.

No dia 12 de julho de 1789, a população francesa tomou as ruas de Paris. No dia 13, foi criado uma Comuna para governar Paris e uma Guarda Nacional, espécie de milícia popular. No dia 14, a população partiu para tomar armas e pólvora do governo e, com isso, atacou a Bastilha, antiga fortaleza convertida em prisão que era usada para aprisionar opositores dos reis franceses.

No dia 14 de julho, então, houve a Queda da Bastilha, em que a população francesa invadiu e tomou o controle da prisão que era o símbolo da opressão absolutista. Depois disso, a revolução espalhou-se pelo país, alcançando novas cidades e chegando ao campo.



 Iluminismo


A Revolução Francesa inspirou-se nos ideais iluministas, que defendiam que a autoridade deveria  basear-se na razão. Os iluministas defendiam ideais como liberdade e constitucionalismo, eram fortes defensores da separação entre Igreja e Estado e, além disso, eram opositores da monarquia absolutista e defensores do método científico. As revoluções burguesas do século XVIII — americana e francesa — tiraram dos ideais iluministas a sua base ideológica.

Revolução Francesa (1789 - 1799) (conteúdo para 8º ano)


Revolução Francesa (1789- 1799)


Introdução


Revolução Francesa foi um ciclo revolucionário de grandes proporções que se espalhou pela França e aconteceu entre 1789 e 1799. Foi inspirada nos ideais do Iluminismo e motivada pela situação de crise que a França vivia no final do século XVIII. Causou também profundas transformações e marcou o início da queda do absolutismo na Europa.



Destaques


Dentre os principais acontecimentos e informações relativos à Revolução Francesa, podem ser destacados:

A Revolução Francesa retirou sua base ideológica dos ideais iluministas.

Antes da revolução, a França era uma monarquia absolutista governada por Luís XVI.

A França vivia uma intensa crise econômica durante as décadas de 1770 e 1780, e essa, em partes, motivou o início da revolução.

O estopim que espalhou o ímpeto revolucionário pela França foi a Queda da Bastilha, que aconteceu em 14 de julho de 1789.

Ao longo da revolução, a França viveu as seguintes fases: Assembleia Nacional Constituinte, Assembleia Legislativa, Convenção Nacional e Diretório.

Os principais partidos eram girondinos, defensores de que medidas conservadoras fossem realizadas, e jacobinos, defensores de que profundas transformações sociais, econômicas e políticas acontecessem.

Durante o período do terror, os jacobinos, liderados por Maximilien Robespierre, guilhotinaram milhares de opositores.

Os girondinos derrubaram os jacobinos do poder por meio de um golpe conhecido como Reação Termidoriana.

A Revolução Francesa encerrou-se por meio do golpe organizado por Napoleão Bonaparte e conhecido como Golpe do 18 de Brumário.


sábado, 2 de maio de 2020

51 - A Primeira Guerra Mundial - História - Ens. Médio - Telecurso

A participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial (conteúdo para o 9º ano)


Brasil na Primeira Guerra Mundial


A participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial foi tímida e aconteceu apenas no último ano, a partir 1917. Não houve envio de soldados brasileiros para as batalhas. Após o ataque de um navio brasileiro carregado de café por navio alemães, o Brasil declarou guerra à Tríplice Aliança.

A participação brasileira se deu através do envio de equipes médicas, de armamentos e equipamentos de soldados, além da exportação de produtos agrícolas como café, borracha, açúcar e demais gêneros aos aliados da Entente.

O fim da Guerra e suas consequências (conteúdo para o 9º ano)


Consequências da Primeira Guerra Mundial


Dentre as principais consequências da Primeira Guerra Mundial, podemos destacar cerca de  milhões de mortos entre civis e militares o que provocou uma mudança no mapa da Europa. Os países derrotados entraram em grandes crises, problemas sociais como o desemprego, fome, pobreza e grande instabilidade política e social, fato que favoreceu o surgimento de regimes totalitários (fascismo na Itália e Nazismo na Alemanha) anos depois na Europa.

Além disso, é fundamental compreender o Tratado de Versalhes assinado em 1919, na qual a Alemanha foi considerada responsável pela guerra e deveria pagar indenização aos países vitoriosos. Neste tratado a região da Alsácia – Lorena foi reincorporada à França e os alemães foram proibidos de continuar com a produção de armamento.

Por fim, houve a criação da Liga das Nações, uma organização internacional com objetivo de reunir as potências vencedoras da Primeira Guerra Mundial para negociar acordo de paz e evitar novos conflitos mundiais. Sua criação foi baseada nos 14 pontos do presidente americano Woodrow Wilson, em que consistia em bases fundamentais para a reorganização ordem mundial no pós guerra.


O estopim que motivou o começo da guerra (conteúdo para o 9º ano)


Estopim da Primeira Guerra Mundial


Com toda essa tensão, a Europa tornou-se um barril de pólvora. O pavio desse barril era a Península Balcânica, e ele  foi aceso quando o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco, resolveu visitar Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina, anexada ao território do Império Austro-Hungaro. Acontece que a Bósnia também era pretendida pela Sérvia que pretendia formar na região a “Grande Sérvia” . Enquanto o futuro rei da Áustria desfilava em carro aberto pelas ruas de Sarajevo, um terrorista da organização Mão Negra, um movimento nacionalista ligado ao governo sérvio disparou em Ferdinando.

A Áustria acusou a Sérvia de estar envolvida no atentado que culminou na morte do príncipe herdeiro da Áustria Francisco Ferdinando e de sua esposa. A troca de insultos e acusações  evolui para uma guerra entre o Império Austro-Hungaro contra a Sérvia, movimentado na Europa as engrenagens das politicas de alianças. A partir daí, a Rússia declarou guerra à Áustria; Alemanha declarou guerra à Rússia e França e Inglaterra entraram no conflito logo em seguida. A Itália tinha recebido a promessa de obter territórios que estavam dominados pela Áustria, por isso, entrou para o lado da Tríplice Entente, em 1915.


Fases da Primeira Guerra Mundial


A Primeira Guerra Mundial pode ser dividida em três fases. A primeira fase é conhecida como Guerra de Movimento (1914), a segunda fase é a Guerra de Trincheiras (1915 – 1917) e, por fim, a Segunda Guerra de Movimento ou Fase Final (1918).

Nos primeiros meses as tropas tiveram como estratégia a movimentação e a ocupação dos fronts. Os alemães se movimentaram rapidamente e em poucas semanas já estavam próximo de Paris.

A partir de 1915, a segunda fase tinha como estratégia tentar conservar as posições dos fronts sem perder território para os inimigos. As trincheiras eram complexos de túneis, valas e abrigos. Ali os soldados lutavam, dormiam e comiam. Contudo, estavam expostos aos ataques aéreos, armas químicas e doenças. Os fronts eram protegidos com cercas de arames, colunas de ferros e sacos de areia.

A Guerra de Trincheira foi o período mais sangrento dessa batalha. Os conflitos aconteciam, quase sempre, nas áreas rurais e as conquistas territoriais eram lentas. Nesse período os dois blocos estavam equilibrados e a guerra ainda não apontava um vencedor.

A terceira e última fase foi marcada pela entrada de novas armas e um contingente grande de soldados enviados pelos Estados Unidos para o bloco da Entente. Em 1917, devido a um processo revolucionário (a Revolução Russa), a Rússia deixou a guerra. A chegada dos norte-americanos possibilitou a invasão da Itália e da França. No final de 1918, já com sinais de fracasso, o povo alemão pressionou o rei Guilherme II que abdicou do trono. Em seguida foi instaurada a república no país e a Alemanha teve sua derrota decretada na Primeira Guerra Mundial. A paz só foi de fato estabelecida em 1919, depois da assinatura do Tratado de Versalhes

Primeira Guerra Mundial (conteúdo para o 9º ano)


Primeira Guerra Mundial (1914-1918)


A Grande Guerra, como foi chamada por seus contemporâneos, antes de acontecer a Segunda Guerra Mundial, envolveu países de diversos continentes. A disputa era liderada por dois blocos que se enfrentaram: a Tríplice Aliança, composta por Alemanha, Áustria e Itália e; a Tríplice Entente formada por França, Inglaterra e Rússia.

O que foi a Primeira Guerra Mundial?

A Primeira Guerra Mundial, que durou de 1914 a 1918, foi um conflito político e militar entre as principais potências econômicas do início do século XX. Para compreender os motivos e as consequências de uma das guerras mais devastadoras é preciso retomar alguns aspectos e o cenário político e econômico mundial.

Além do enfrentamento direto das nações citadas, que podemos chamar de protagonistas, outras dezenas de países se envolveram na Primeira Guerra Mundial, como, por exemplo, Brasil, Estados Unidos, Itália, Portugal, China, Império Turco-Otomano, entre outros. O saldo final do conflito contabilizou mais de 10 milhões de mortos, entre militares e civis e mais de 20 milhões de feridos.

Causas da Primeira Guerra Mundial

As motivações para o desencadeamento da Primeira Guerra Mundial aconteceram ao longo do século XIX e XX e foram se somando até que o conflito eclodiu de fato.

Entre o final do século XIX e início do século XX, o mundo encontrava-se dividido e explorado pelas grandes potências europeias e os Estados Unidos. Em todos os cinco continentes havia dominação imperialista e as grandes potências brigavam para expandir seus territórios.

Devido ao desenvolvimento das indústrias e da economia de forma geral, o Império Alemão chegou a superar a Inglaterra em vários setores. Os alemães tomaram o mercado antes dominados pelos ingleses na Europa e no Oriente. A consagrada marinha inglesa se via ameaçada pelo grande crescimento da marinha alemã e temia a perda da sua hegemonia.

Em 1870, a Alemanha já tinha ganhado outro inimigo ao vencer a França na Guerra Franco-Prussiana. Com a derrota, os franceses alimentaram um sentimento de revanche, era o revanchismo francês, pois os franceses tiveram que entregar a região de Alsácia-Lorena, rica em jazidas de ferro e carvão mineral. Nos anos seguintes sentiram-se humilhados por terem que importar carvão dos alemães.

Enquanto os germânicos começavam a colecionar inimigos, o governo e a imprensa tentavam convencer a população de que uma guerra seria benéfica. Junto ao crescimento econômico, o discurso inflamado e a propaganda, a tensão entre as nações europeias estava prestes a explodir.

Por ter chegado atrasada na distribuição das colônias na Ásia e na África, a Alemanha e a Itália ficaram apenas com as “migalhas do banquete imperialista”. Para conseguir mais colônias, uma solução apontada pelo governo germânico era atacar e dominar os países já colonizados.

Enquanto todos esses eventos aconteciam na Europa ocidental, no lado oriental do continente a Rússia, governada por um Czar (imperador), tinha interesses em estender seu território na região dos Bálcãs. O problema é que o Império Austro-Húngaro pretendia a mesma coisa.

Como o Império Austro-Húngaro era formado por vários povos, entre eles os tchecos, eslovacos, croatas, poloneses e sérvios, a Rússia pretendia criar um Estado único para unir todos os povos eslavos, o que ficou conhecido como pan-eslavismo. Para isso, começou a estimular a revolta anti-austríaca.